Em uma recente edição do videocast “Kit & Krysta”, os ex-gerentes de marketing da Nintendo, Kit Ellis e Krysta Yang, discutiram a política da empresa em relação à ausência de descontos significativos em seus jogos. Ellis enfatizou que essa estratégia está enraizada na filosofia corporativa de “proteger o valor” de seus produtos, afirmando: “Os produtos da Nintendo têm um valor imenso, e precisamos respeitar esse valor imenso”. Ele acrescentou, em tom jocoso: “Não somos a Ubisoft”.
A comparação com a Ubisoft refere-se à prática comum da empresa francesa de oferecer descontos substanciais em seus títulos poucos meses após o lançamento. Em contraste, a Nintendo mantém os preços de seus jogos estáveis por longos períodos, reforçando a percepção de qualidade e exclusividade. Ellis explicou que essa abordagem condiciona os consumidores a entenderem que, se desejam um produto da Nintendo, é improvável que encontrem reduções de preço significativas ao longo do tempo.
Recentemente, a Nintendo anunciou que, com o lançamento do Switch 2, títulos como Mario Kart World serão vendidos por US$ 79,99, justificando o aumento pelo valor e pela experiência oferecida. Ellis comentou sobre essa decisão, referindo-se à chamada “taxa Nintendo”: “O que fizemos era US$ 60. Muitos desses jogos de US$ 60 são lixo. Eles não têm o nível de qualidade ou polimento da Nintendo, ou a atenção dela, então precisamos distinguir o quão premium essa coisa é pelo preço”.
Essa estratégia de preços reflete o compromisso da Nintendo em manter a percepção de alto valor e qualidade de seus produtos no mercado.